sábado, 28 de abril de 2012

Sobressalto


Depois de mais uma noite de sono, acordei! Levantei-me e caminhei até o banheiro, tomei banho e troquei de roupa. Foi quando a campainha tocou. Para minha surpresa, estava sendo intimada a comparecer no plantão policial, acompanhada por dois policiais.
Lá chegando, comecei a ser interrogada:
Delegado: Qual o seu nome, sua idade e profissão?
Mulher: Maria da Penha Ribeiro. Tenho 40 anos. Sou arquiteta.
Delegado: O que aconteceu, precisamente, na manhã do dia 29 de abril?
Mulher: Acordei, olhei pro relógio, levantei, fui pro banheiro, escovei os dentes e, quando estava lavando o rosto, ouvi o toque da campainha.
Delegado: Ouviu só o som da capainha, nenhum outro barulho?
Mulher: Não senhor, só a campainha.
Delegado: Atendeu imediatamente?
Mulher: Não. Enxuguei-me às pressas, saí do banheiro e fui até a porta. Destranquei a fechadura e, mal abri a porta, vi um homem caído na soleira. Levei um baita susto!
Delegado: Reparou se tinha mais alguém?
Mulher: Não senhor, não tinha. Corri o olhar em torno, ninguém estava por perto.
Delegado: O que a senhora fez, então?
Mulher: Abaixei-me, toquei o homem com os dedos e senti que o corpo estava frio e rígido.
Delegado: Qual foi a sua reação, naquele momento?
Mulher: Fiquei perplexa... Tinha um cadáver na minha porta! Fiquei sem saber o que fazer.
Delegado: Não pensou em pedir ajuda? Bater na porta de algum vizinho?
Mulher: Não senhor. A única coisa que me passou pela cabeça, naquele momento, foi telefonar para a Central de Polícia. Foi o que eu fiz...
Delegado: A senhora conhece o morto?
Mulher: Não senhor, não o conheço.
Delegado: Tente se lembrar se já o viu no prédio alguma vez.
Mulher: É pode ser... Mas é um estranho para mim.
Delegado: É senhora Maria da Penha. Parece que a senhora está complicada. A senhora é uma suspeita.
Nisso acordei. Que susto!

Antonio Aparecido Marinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário