quinta-feira, 17 de maio de 2012

Seu acesso é importante para nós
Estamos felizes com sua presença
Juntos, iremos descobrir como é bom ler
Agradecemos novamente
Muito obrigado!!!

Brinque, leia, divirta-se
E seja feliz, pois temos
Muitas novidades para você

Vamos viajar pelo mundo encantado da leitura
Ir para além da realidade
Nesse mundo encantado
Deus estará sempre nos acompanhando
Onde quer que nós iremos
Sejam bem vindos, amigos!!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Relatos Reflexivos

Relato reflexivo é um gênero discursivo feito em primeira pessoa, com a intenção de expor o ponto de vista sobre algo. Abaixo, apresentamos as reflexões dos integrantes do grupo a respeito da participação no curso Leitura e Escrita em Contexto Digital.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MINHA RELAÇÃO COM O CONTEXTO DIGITAL

Minha relação com o contexto digital remonta ao ano de 1996, quando fui designado para o posto de trabalho como Professor Coordenador Pedagógico.
A diretora da escola estabeleceu parceira com uma escola de informática, e entre os acordos, essa empresa ofereceria aos professores cursos. Matriculei-me nessa escola no curso de informática, foi meu primeiro contato com esse recurso tecnológico, o computador. Vale ressaltar que minha classe era composta na sua grande maioria  por adolescentes, éramos somente dois adultos.
Anos depois, em 2005, tive um segundo contato mais profundo com o meio digital, pois enquanto gestor de escola cursei uma Pós-Graduação em Gestão Escolar e Tecnologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Quanto ao presente curso analiso como plenamente satisfatório porque possibilitou-me o conhecimento e a utilização de diversas mídias interativas, contribuindo para minha formação cultural e prática educativa; promoveu a reflexão e o exercício das diferentes capacidades e competências leitoras e de produção de textos e de linguagens que circula na mídia digital (letramento digital), no jornalismo (impresso, digital), na escola (nas diversas áreas do  conhecimento), entre outras; está auxiliando-me na reflexão das práticas de linguagem e de letramento dos alunos do Ensino Fundamental e Médio, fornecendo pistas para que, com a equipe escolar, seja possível propor outras formas de ensino mais acessíveis às práticas contemporâneas.
No que tange as estratégias de aprendizagem do curso, considerei eficazes, os fóruns, café, blog, atividades objetivas e discursivas, entre outras.
Também ressalto os critérios de avaliação, colocados de forma clara, objetiva e qualitativamente através da realização das atividades disponibilizadas no ambiente.
Concluindo o curso auxiliou-me a interagir em contexto digital; a dialogar por meio de ferramentas comunicacionais digitais; a utilizar recursos tecnológicos que possibilitem exercitar a leitura e escrita em contexto digital e ler e escrever, reconhecendo as particularidades do meio digital.

sábado, 12 de maio de 2012

Relato Reflexivo


Realizar este curso foi uma boa experiência, pois pude explorar aquilo que já sabia aprimorar meus conhecimentos e sem dúvida aprender muito!
O curso ofereceu atividades importantes para minha prática e saber, porém simples com exercícios diversificados, facilitando e aguçando a querer perceber mais e mais. Durante o curso passei por alguns percalços de saúde, dificultando um desempenho melhor, as demandas de trabalho foi um fator dificultador nesse processo, limitando administrar melhor meu tempo para a execução das atividades no produto final.
A troca de experiências com os colegas também contribuíram para um olhar diferenciado entre questões as quais já tinha estabelecido como ‘minha verdade’ – absoluta. E a interação com eles, mesmo que ‘tímida’, fiquei satisfeita por ter tido esta oportunidade.
No aguardo do próximo módulo, espero poder conquistar o melhor de mim e absorver mais ainda novos desafios e aprendizados. Agradeço a companhia e camaradagem dos colegas e parabenizo você Regina, pela dedicação e paciência (pelo menos comigo).
Até o próximo módulo, turma!
Claudia Soraia 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Relato Reflexivo



O curso, que teve como objetivo ampliar a formação do professor na leitura e escrita, foi muito enriquecedor, seja pelo conteúdo em si, pela participação nos fóruns ou na construção do blog.
Um curso on-line gera sempre uma inquietação, pois sabemos que muitos não dominam as ferramentas tecnológicas e também pelo fato do aluno fazer o seu próprio horário e então, nesse caso, a turma nunca se encontrar no mesmo instante, o que dificultou, às vezes, as trocas nas discussões.
No entanto, o fórum de discussão é um fator de extrema importância.  As discussões foram muito boas e nos abriram um leque de ideias, cada um com o seu ponto de vista, trazendo conhecimentos, expectativas e vivências que nos fizeram perceber que partilhamos as mesmas angústias. Obviamente, alguns alunos participam mais ativamente que outros, mas ainda assim, acredito que todos aprenderam muitas coisas novas, assim como eu. A integração, de um modo geral, foi boa, apesar de alguns contratempos.
Não encontrei problemas ou dificuldades visto que já realizei alguns cursos on-line e tenho habilidades com o meu amigo inseparável – o computador. No entanto, quando foi proposta a construção do blog fiquei um tanto apreensiva, pois simplesmente, nunca havia feito um, apesar de ser um desejo antigo, mas que não fora colocado em prática por falta de tempo e conhecimento. Outro fato que também contribuiu para esta ansiedade foi que o blog deveria ser em grupo, o que torna mais difícil a sua construção, visto que todos estão longe, separados por uma rede de fios e cada um com suas particularidades, ou seja, tem aqueles que conectam diariamente, tem aqueles que o fazem somente no final de semana e ainda tem aqueles que o fazem nos últimos momentos. Confesso que senti receio de não dar certo. Embora com horário escasso, não desisti, encarei, segui em frente e o produto final foi alcançado.
O curso abordou conceitos importantes como o letramento, a leitura, texto, os gêneros textuais, as capacidades leitoras que devemos dominar e, e o professor deve ser letrado na área em que atua para poder ensinar aos seus alunos. Ser letrado, hoje, inclui saber fazer uso das ferramentas tecnológicas em ambientes digitais interativos para poder trabalhar com os alunos as diferentes abordagens de circulação, compreensão e produção de textos em diferentes gêneros, modalidades e linguagens.
Quanto maior for nosso domínio sobre esses conceitos, maior será a nossa facilidade de compreensão e de produção de textos, portanto, letrar é função e obrigação de todos os professores.
Finalizando, a experiência foi enriquecedora, ficando a expectativa de se colocar em prática o que foi aprendido para sentirmos o reflexo no nosso dia a dia.
Eloisa Furlan

domingo, 29 de abril de 2012

Gêneros do Discurso

          A partir do conhecimento de certos gêneros do discurso e de uma inusitada sequência de eventos vividas por uma pessoa, tivemos como proposta de atividade o desenvolvimento de um interrogatório.
          A atividade tem como objetivo ajudar a reconhecer as diferentes características de textos, e dessa forma, ampliar as competências leitoras e escritoras.
        Baseando-se nessa sequência de eventos, cada grupo trabalhou um tipo de gênero e postou em seus blogs. Para conhecer os gêneros e os textos escritos com base na mesma sequência de fatos, porém com a visão particular de cada cursista, visite o blog dos grupos e façam comentários sobre os textos publicados.

sábado, 28 de abril de 2012

Interrogatório da Senhora Júlia


Estava no banheiro, escovando os dentes, quando ouvi uns ruídos na porta, saí do banheiro e corri até ela. Ao destrancá-la, vi um homem caído na soleira da vizinha, corri o olhar no corredor e me deparei com Sofia na soleira da minha porta. Liguei para a polícia, pois toquei o homem com os dedos e senti que ele estava frio, nesse momento gritei, estava de frente de um cadáver e de Sofia toda machucada. Ela estava quase morta, levei-a à sala de emergência do hospital com sinais evidentes de maus tratos.
O homem era o porteiro, que, segundo a vizinha da direita vinha correndo atrás de Sofia tentando salvá-la, porém, coitado, morreu antes de conseguir o intento.
Qual não foi a surpresa de todos quando Julia, principal responsável por Sofia, foi chamada a um interrogatório. O interrogatório durou horas e Julia foi acusada pelo crime logo depois da primeira sessão de perguntas.
O investigador Roberto começou com uma entrevista simples, falando sem intimidações com o objetivo de determinar o parâmetro comparativo das reações de Julia:
Roberto: Que nota você daria a si mesma como mãe?
Julia: Bem, acho que, acho que sou razoável. Quero dizer, não sou muito severa nem rigorosa, sabe como é, eu deixo passar algumas coisas.
Roberto: Como você descreveria a Sofia?
Julia: Ela é uma brincalhona, agitada e muito difícil. Ela vive subindo nas coisas, né? Eu sempre encontro um machucado, um arranhão, essas coisas, nas costas dela.  
Como Julia pareceu estar dando desculpas para as lesões de Sofia e procurando uma justificativa - "ela é muito difícil" - e uma vez que ela estava tomando conta da Sofia no momento em que as lesões aconteceram, Roberto pressupôs a existência de culpa e passou a interrogá-la. Ele partiu para uma sutil confrontação, deixando que Julia soubesse de que modo ela seria descoberta:
Roberto: Há toda uma linha de investigação policial que pode determinar como as lesões aconteceram e há quanto tempo elas existem.
Julia: ... Eu nem sei se vai ser possível descobrir exatamente o que aconteceu porque a única que realmente sabe é ela, né? Não quero ser rude ou coisa parecida, só queria saber quanto tempo isso vai demorar.
Roberto: Bom, como eu disse, uma das coisas que podemos fazer com elas [as lesões] é datar o tempo desde seu aparecimento e dizer se são lesões novas, que acabaram de acontecer, ou se são lesões que já estão começando a sarar; sabe como é, né, os médicos e legistas pesquisam esses tipos de coisas...
Julia: Certo.
Roberto: Você consegue pensar em algum motivo pelo qual eles determinariam se as lesões foram causadas nas últimas 24 horas e por que alguém suspeitaria que você fez isso?
Julia: Exceto pelo fato de eu estar lá, não.
Roberto: Você suspeita de alguém que tenha feito isso?
Julia: Não. É isso que estou tentando te dizer, eu acho muito difícil acreditar que alguém fez isso com ela porque, como eu disse, nós teríamos escutado alguma coisa também, sabe como é...
Roberto: De todas as pessoas que estavam na casa ou foram lá na noite passada, relacione todas aquelas que você garante que jamais teriam feito alguma coisa para machucar a Sofia.
Julia: Eu sei que o Marcos não faria. Sinceramente, não acho que Maria tivesse feito também.
Roberto: Quem poderia garantir por você?
Julia: Talvez o Marcos. Mas veja só, eu não acredito exatamente no que o médico está dizendo e nem que as lesões foram causadas por alguém, seja o que for.
Roberto: Como a senhora consegue ser tão fria e perdendo tanto tempo só para se defender da acusação de uma gata que sofreu maus tratos e que caiu ao ser jogada de cima de um telhado?

Sobressalto


Depois de mais uma noite de sono, acordei! Levantei-me e caminhei até o banheiro, tomei banho e troquei de roupa. Foi quando a campainha tocou. Para minha surpresa, estava sendo intimada a comparecer no plantão policial, acompanhada por dois policiais.
Lá chegando, comecei a ser interrogada:
Delegado: Qual o seu nome, sua idade e profissão?
Mulher: Maria da Penha Ribeiro. Tenho 40 anos. Sou arquiteta.
Delegado: O que aconteceu, precisamente, na manhã do dia 29 de abril?
Mulher: Acordei, olhei pro relógio, levantei, fui pro banheiro, escovei os dentes e, quando estava lavando o rosto, ouvi o toque da campainha.
Delegado: Ouviu só o som da capainha, nenhum outro barulho?
Mulher: Não senhor, só a campainha.
Delegado: Atendeu imediatamente?
Mulher: Não. Enxuguei-me às pressas, saí do banheiro e fui até a porta. Destranquei a fechadura e, mal abri a porta, vi um homem caído na soleira. Levei um baita susto!
Delegado: Reparou se tinha mais alguém?
Mulher: Não senhor, não tinha. Corri o olhar em torno, ninguém estava por perto.
Delegado: O que a senhora fez, então?
Mulher: Abaixei-me, toquei o homem com os dedos e senti que o corpo estava frio e rígido.
Delegado: Qual foi a sua reação, naquele momento?
Mulher: Fiquei perplexa... Tinha um cadáver na minha porta! Fiquei sem saber o que fazer.
Delegado: Não pensou em pedir ajuda? Bater na porta de algum vizinho?
Mulher: Não senhor. A única coisa que me passou pela cabeça, naquele momento, foi telefonar para a Central de Polícia. Foi o que eu fiz...
Delegado: A senhora conhece o morto?
Mulher: Não senhor, não o conheço.
Delegado: Tente se lembrar se já o viu no prédio alguma vez.
Mulher: É pode ser... Mas é um estranho para mim.
Delegado: É senhora Maria da Penha. Parece que a senhora está complicada. A senhora é uma suspeita.
Nisso acordei. Que susto!

Antonio Aparecido Marinho

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A pergunta

Ainda atordoada, não entendendo o que eu fazia ali, já havia feito o depoimento do ocorrido.
Era para ser um excelente dia de compras ‘sapatos, sapatos e maaaaiiisss sapatos’ numa cidade do interior de São Paulo. Tinha obtido a informação pelo rapaz da recepção do Hotel, onde me instalaria junto com três amigas, nessa charmosa cidade. Disse-me ele que aquele Hotel era o mais próximo do Shopping onde congregava mais de 300 lojas só de calçados femininos, um sonho para qualquer mulher com gosto refinado para sapatos como eu.
E agora estou aqui frente a um homem de nariz grande e reto, rosto fino assim como seu bigodinho, sem contar da barbicha, óculos de lentes redondas. Suas feições me fazia lembrar um dos personagens de Sítio do Pica pau Amarelo, o Visconde de Sabugosa de Monteiro Lobato – era o Delegado.
Ele estava calmo e de fala mansa, porém, bastante precisa, e eu trêmula, pois teria que dar respostas à muitas dúvidas que não só eu as tinha:

Delegado (Sr. Gomes, mas ainda eu não sabia do nome dele): A sra...

Eu: Sta, por favor!

Delegado: Tudo bem, tudo bem...a sta poderia me explicar com detalhes o que o motorista da van estava fazendo caído na sua porta?

Eu: De novo?

Delegado: Agora Sta seu depoimento será oficial, pois tudo o que a sta. disser será registrado pelo escrivão.

Foi aí que percebi o rapaz atrás de uma mesinha no canto esquerdo da sala. Ele era gordinho e bem branquinho, estava vermelho e com rosto molhado de tanto suor, assim como a sua camisa salmão. O calor estava insuportável!

Eu: Esses protocolos me matam...tenho tantas coisas para resolver...quer dizer...coitado do ‘seu Osmar’, fizera um preço tão camarada para nos levar  de São Paulo  até ao Shopping de calçados que fica em Jaú...quer dizer, deu desconto porque eu insiti muito! Uma boa consumidora pechincha sempre! O Sr conhece a cidade de Jaú?

Delegado: Estou esperando a resposta Sta...Sta...
Percebi o tom de impaciência do delegado e logo fui respondendo:

Eu: Soraya, meu nome é Soraya e o sr?...

Delegado: Pode me chamar de Gomes – e apontou para seu crachá - Mas ainda aguardo sua resposta.

Eu: Sim, sim, claro!  - fazia calor, e meus longos cabelos escuros, grudavam em meus ombros. O ambiente daquela sala era de tom acinzentado e os móveis escuros, tudo contribuía para que o calor reinasse, nem com os dois ventiladores ali presentes ligados, davam conta de deixar a temperatura do ar agradável – Vou contar tudinho para o sr. para que assim me libere o mais rápido possível, este lugar é horrível de tão quente!

Delegado: Por favor, pode começar, estou a todo ouvidos – disse também sentindo o calor insustentável da sala, usando um lenço para enxugar a testa.

Eu: O sr. quer que eu comece de qual parte? Pois eu acordei hoje pela manhã animadíssima, pois ia com minhas amigas a uma cidadezinha do interior comprar sapatos e...

Delegado: Comprar sapatos numa cidade do interior? – ele parecia achar estranho minha fala.

Esbocei um largo sorriso, pois quando o assunto é calçado, eu, eu, eu... saio de mim e, por segundos fechei os olhos e imaginei os mais diversos de modelos e de cores. Hummm... que alegria....

Delegado: Sta.! – ele levantou um pouco a voz e saí daquele devaneio maravilhoso, mas um pouco assustada.

Eu: Oh! Desculpe-me delegado, mas hoje seria o dia mais feliz dos últimos oito meses.

Delegado: Por quê?

Eu: Como eu dizia... eu e minhas três amigas tínhamos combinado de fazer compras de calçados, e tudo estava certo. Elas iam comigo, porque da última vez que fui não as convidei, isso tem oito meses. E o sr sabe, não é delegado, quando uma mulher chega de sapatos novos e lindos e suas amigas ficam sabendo que não participaram do evento com você, elas ficam magoadíssimas - foi aí que percebi o olhar meio que 'bravo' do delegado e emendei: -    mas isso não importa! O que realmente importa é que acordei pela manhã animada, nem dormi direito de tanta ansiedade...

Delegado: Ansiosa? - O delegado parecia impaciente.

Eu: Sim... eu ia comprar sapatos sr Delegado, sapatos!!! O sr já se imaginou estar num lugar onde todas as lojas são só de calçados? O sr já imaginou algo assim? Já sr Gomes? Sapatos... sapatos...

Delegado: Sta. Soraya... e o motorista da van...é sobre ele que quero que a sta me fale.

Eu: Ah, sim! Eu ainda estava no banheiro, ia me preparar para o banho quando a campainha tocou, pensei que fossem minhas amigas, pois tínhamos combinado de sairmos de casa. Essa parte eu já falei né? – o delegado fez um gesto com as mãos para que eu continuasse, ele já suava. E eu já não sabia se suava de calor ou porque estava nervoso comigo. Continuei: - Estranhei um pouco, pois ainda estava cedo.

Delegado: Cedo?

Eu: Sim, cedo. Minhas amigas nunca são pontuais, eu também não sou, mas... tudo bem, também eu tinha acordado mais cedo.

Delegado: A que horas marcou com o rapaz da van?

Eu: Marcamos de sair às 8h, então disse que ele estivesse em casa 15min antes.

Delegado: Que horas eram quando tocaram a campainha de sua casa?

Eu: Hummm... eu acordei às 6h35min, olhei o relógio, vi que era cedo ainda – naquele momento, fechei os olhos, e fui falando tudo que lembrava devagar – mesmo assim levantei e fui ao banheiro, estava feliz (sapatos...sapatos...), eu só pensava que partilharia um momento  de compras com minhas amigas. Abri o chuveiro e enquanto ele esquentava, comecei a colocar o creme em meu rosto e em seguida a escovar os dentes – nesse momento abri os olhos - eu sei que esta não é uma atitude sustentavelmente correta, mas eu estava meio que sonada e 100% feliz! Não prestei muito atenção no que fazia. E quando eu enxaguava minha boca a campainha tocou.

Delegado: Que horas eram?

Continuei devagar sem dar a resposta objetivamente:

Eu: Enxuguei meu rosto, e aí, lembrei-me do creme, que raiva, sujei a toalha limpinha... é muito ruim ser interrompida no meio de um processo matinal, concorda?

O delegado ouvia meu depoimento já um pouco inquieto na cadeira. Mas a culpa não era minha, afinal, fora ele que me perguntara o que tinha ocorrido.

Eu: Andei até a porta destranquei a fechadura e de repente... oh meu Deus!!! Alí estava ‘seu Osmar’ caído, bem na soleira da minha porta! Levei o maior susto, olhei para os lados e não vi ninguém, ele estava sozinho, caído... esta cena jamais vou esquecer! Abaixei e pensei apenas que ele tinha desmaiado, e imaginando porque chegara tão cedo em casa. Comecei a chorar, como estou agora, quando vi que ele estava morto mesmo. Oh meu Deus! E corri para o telefone para avisar alguém, minha cabeça estava atordoada, não sabia o que fazer e, resolvi ligar para a polícia... 

Coloquei as mãos no rosto, na verdade, minha cabeça parecia que ia explodir. Quando daria continuidade a minha narrativa, o escrivão perguntou:

Escrivão: E o chuveiro? Ficou ligado o tempo todo?

Eu: Ih! Esqueci-me do chuveiro!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O interrogatório de Eloisa – Culpada ou inocente?


Numa tarde fria de um domingo de julho, cheguei à delegacia para ser interrogada. Ao entrar naquela pequena sala, não foi preciso obervar muito o local, pois só havia uma mesa, três cadeiras e nada pendurado nas paredes, apenas eu e um investigador estranho, que me observava o tempo todo.
Acomodei-me em uma cadeira muito desconfortável que me fora indicada, e logo após, ao ouvir o ruído da porta se abrindo, deparei-me com um senhor alto, forte, tez morena e de semblante sério. Era o investigador Barbosa, conforme observei no crachá. Ele logo se apresentou, solicitou meus dados pessoais e em seguida, muito amigavelmente, começou a me fazer as perguntas:
Barbosa: Sra. Eloisa, normalmente a que horas costuma se levantar?
Eloisa: Diariamente, levanto às 6 horas, porém ontem estava com insônia e acabei levantando um pouco mais cedo, quando olhei o relógio na cabeceira da cama, este marcava 4h 47min.
Barbosa: E por que a senhora estava com insônia na noite passada?
Eloisa: Não sei muito bem, mas, sabe, acordei várias vezes à noite, levantei-me, assisti um pouco de televisão, voltei para a cama, li um pouco, mas o sono não chegava, apenas cochilei e então quando via a hora resolvi levantar definitivamente.
Barbosa: Qual a rotina que a senhora segue antes de ir para o trabalho todos os dias?
Eloisa: Levanto, escovo os dentes, tomo uma ducha rápida, tomo o café da manhã e pego o elevador para o estacionamento. Geralmente, saio do prédio por volta das 6h 50min.
Barbosa: Ontem foi sábado. A senhora trabalha aos sábados?
Eloisa: Não.
Barbosa: Então, porque a senhora disse que resolveu levantar às 4h 47min, sabendo que poderia permanecer por mais tempo na cama, já que não tinha compromisso nesse dia?
Eloisa: Bem... não sei. Mas, me levantei, pois ia dar uma volta até a padaria.
Barbosa: Numa manhã fria e escura de julho, a senhora levantaria mais cedo para ir à padaria?
Eloisa: Sim, senhor. Mas, como pode perceber, eu estava pronta para sair e não cheguei a ir à padaria.
Barbosa: Ao abrir a porta do apartamento, a senhora notou algum fato estranho?
Eloisa: Senhor, o fato mais estranho que notei foi um cadáver caído na soleira da minha porta.
Barbosa: Mas, como a senhora tinha a certeza de que era um cadáver? A senhora já sabia que ele estava morto, antes da chegada da polícia?
Eloisa: Bem.... Eu coloquei a mão sobre os pulsos dele, e notei que ele estava gelado.
Barbosa: E o que fez em seguida?
Eloisa: Liguei para a polícia, obviamente.
Barbosa: Conforme consta no relatório do crime, quando a polícia chegou, a senhora vestia um roupão azul e estava com pantufas nos pés.
Eloisa: Sim.
Barbosa: Neste depoimento, a senhora disse que estava saindo  para ir à padaria. Iria, pois então, de roupão e pantufas?
Eloisa: Não, obviamente. Eu ia me arrumar.
Barbosa: Senhora Eloisa, afinal, a senhora estava ou não estava pronta?
Eloisa: Confesso, eu não estava pronta. Mas, que diferença isso faz? O senhor suspeita que eu, uma senhora distinta, possa ter dado cabo à vida daquele belo rapaz?
Barbosa: A senhora chegou a vê-lo?
Eloisa: Não muito, ele estava caído sobre o corpo, todo ensanguentado.
Barbosa: Então, como sabe que ele era um belo rapaz? Não poderia ser um homem mais velho? Se não chegou a vê-lo, como afirma que ele era um belo rapaz?
Eloisa: Senhor Investigador, por um acaso, o senhor está suspeitando de mim?
Barbosa: Senhora Eloisa, sou eu que faço as perguntas. Mas, por hoje basta. Não precisa dizer mais nada. Está liberada, mas não saia da cidade. Poderemos voltar a chamá-la novamente.
Eloisa: Ok, senhor Barbosa.
         Sai da delegacia, e até chegar ao carro, quase caí pelo caminho, estava muito nervosa, as mãos geladas, os lábios pareciam não ter cor, cabelos esvoaçavam com a brisa do vento, a pele rachava e, só me dei conta de que não era o meu carro quando ouvi Eleonor e Ágatha me chamando do outro lado. Atravessei a rua, um carro quase me atropelou e finalmente pude ir embora daquele lugar horrível.
Profa. Eloisa Furlan

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O interrogatório com delegado Epaminondas

Num belo dia, recebi uma notificação da delegacia para ser interrogada por um episódio que acontecera comigo na madrugada de sexta-feira, 13 de abril de 2012.  Quando cheguei à delegacia para ser interrogada, estava muito assustada com a situação, mãos geladas, rosto e olhar apreensivo, afinal nunca havia me deparado com situação semelhante. Era a primeira vez que estava sendo interrogada por um delegado. O local era sombrio e triste, só havia no pequeno espaço a mesa do escrivão, que registrava tudo quanto era dito, a mesa do delegado, com alguns papéis, e duas cadeiras. Com um aceno o delegado solicitou-me que ocupasse uma das cadeiras e iniciou o interrogatório:
 Epaminondas: Bom dia, senhora Patricia. A senhora foi chamada aqui para colaborar com o esclarecimento sobre a morte de um rapaz que foi encontrado na soleira da porta da sua residência.
 Epaminondas: A que horas a senhora se levantou na madrugada de 13 de abril de 2012?
 Patricia: Bom dia, senhor delegado. Costumo me levantar às seis horas da manhã para ir trabalhar, todos os dias, mas, neste dia, levantei às cinco horas e trinta minutos, pois meu cachorro estava uivando com veracidade.
 Epaminondas: Por que seu cachorro uivava?
 Patricia: A princípio, achei que era por causa de algumas pessoas que passavam na rua. Afinal, naquela noite, tinha ocorrido um baile e o movimento era grande em frente a minha residência.
 Epaminondas: Como você constatou que o homem estava morto na soleira da sua porta?
 Patricia:  Bom, tudo começou assim: me levantei por volta das cinco horas e trinta minutos, quando fazia minha higiene pessoal, ouvi meu cachorro uivando muito agitado, então, resolvi caminhar em direção à porta, destrancá-la e abri-la. Encontrara uma pessoa caída no chão, próxima à porta. Não havia mais ninguém lá fora,  toquei-a com o dedo e constatei que o corpo estava rígido e frio.
 Epaminondas: O que você fez então, quando percebeu que o homem estava morto?
 Patricia: A princípio, fiquei muito assustada e trêmula. Não sabia o que fazer diante daquela situação aterrorizante da minha vida.
 Epaminondas: Por que você ficou tão nervosa se não havia motivos para isso, ou havia?
 Patricia: Senhor delegado, o senhor acha que eu seria capaz de matar aquele homem? Eu, uma simples professora, que não tem coragem de matar se quer uma barata.
 Epaminondas: Olha, não estou dizendo que a senhora é culpada, mas cuidado com suas palavras, elas podem incriminá-la como suspeita do caso. Mas, voltando ao assunto, o que a senhora fez ao ver o homem morto na sua porta?
 Patricia:  Achei que era melhor telefonar rapidamente para a central de polícia, que imeditamente chegou à minha residência e levou o corpo para o IML, a fim de constatar o que havia ocorrido.
 Epaminondas: Foi só isso que a senhora fez naquela noite? Nada mais?
 Patricia: Só isso doutor. Nada mais.
 Epaminondas: Bom, pode ir então. A senhora está liberada por hoje, mas não quero que saia da cidade, afinal ainda podemos chamá-la para fazer mais algumas perguntas.
 Quando sai da delegacia, estava muito assustada, fiquei apavorada com tantas perguntas que o delegado havia feito. Ao chegar em casa, fui lavar todo o local do crime. Tinha muito sangue na soleira da minha porta e o cheiro estava horrível, queria apagar todas as evidências daquele crime ocorrido na sexta-feira treze.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Depoimentos de Leitura


Através da leitura temos a possibilidade de ampliar nossos horizontes, seja por prazer, aquisição de conhecimento, informações, pesquisa, etc. Ela está presente nas mais diversas situações e lugares. Assim, sentimos necessidade de saber ler ou escrever, pois necessitamos interagir com outras pessoas, seja no âmbito profissional ou pessoal.
Veremos como pensam esses autores sobre a leitura e a escrita. 
  • Gabriel o Pensador (Fonte: Prazer em Conhecer/Catraca Livre/Folha Online.)
    Músico
  • Gilberto Gil (Fonte: Prazer em Conhecer/Catraca Livre/Folha Online.)
    Músico e ex-ministro da cultura
  • Clair Feliz Regina (Fonte: Prazer em Conhecer/Catraca Livre/Folha Online.)
    Auditora aposentada e poetisa
Agora, temos abaixo alguns depoimentos de experiências dos alunos do grupo 3 com a palavra escrita:

terça-feira, 17 de abril de 2012

A leitura que faz crescer

  Desde criança sempre admirei muito a leitura e escrita, sempre admirei quem sabe ler e escrever bem, mas tinha muita preguiça de ler, só quando adulto foi que me apaixonei definitivamente pela leitura, me lembro de quando iniciava o ano letivo e a professora pedia para fazer redação sobre como tinha sido as minhas férias ou quando passava redação com tema livre, odiava fazer redações, hoje adoro ler e admiro quando vejo meus alunos lendo e se interessando pela leitura. Na escola em que trabalho existe uma sala de leitura e os alunos desta escola já estão tão acostumados a ler que a sala de leitura é uma referencia na diretoria de ensino e aonde vou comento este fato, pois esse fato me agrada muito e percebo que isso influência outras pessoas a lerem.